domingo, 15 de maio de 2011

Campeonato Pernambucano 2011

Parabéns ao Santinha!!
Tenho que reconhecer, o título foi merecido. O time começou desacreditado, humilde, e conseguiu alcançar a vitória com méritos, e conquistar um título diante do Sport 21 anos depois (pelo menos este não teve a colaboração da arbitragem, como em 1990). 
A torcida tricolor merece comemorar bastante, afinal os últimos anos tem sido de derrotas e rebaixamentos. O futebol pernambucano fica mais interessante e se engrandece com disputas mais acirradas (dentro de campo) e para isso é importante o Santa Cruz forte e alçando uma melhor condição no cenário nacional. 
Porém, com as devidas honras ao legítimo e merecido campeão de 2011, tenho que levantar a moral da nação rubro negra, e os dados estão aí para isto. Lógico que sempre queremos ganhar, nós não somos acostumados com a derrota, mas sabemos que ela faz parte da competição, e deve ser encarada com altivez. Apesar de não ter uma fixação pelo tão famoso Hexa, é claro que sentimos sua perda, porque, por mim, o Sport seria hexa, hepta, octa, enea, deca...
Para mim, e a maioria do meu convívio, que só passou a acompanhar o futebol mais atentamente e com entendimento a partir da década de 80, a situação é a seguinte:
o Sport foi campeão 18 vezes (tendo participado de 22 finais, só perdendo, portanto, 04 – 18%) o Santa foi 08 (tendo participado de 20 finais, perdendo, portanto, 12 – 60%) e o Náutico 06 (tendo participado de 16 finais, perdendo, portanto, 10 - 62,5%).
Além de não perder finais desde que o árbitro nos tirou o título de 1990, é importante repetir que o Sport tem 14 títulos a mais que o Santa e 18 a mais que o Náutico, sem contar os títulos nacionais, que eles não sabem o que são. E o que dizer das melhores colocações em todos os rankings nacionais e também em todas as pesquisas sobre torcida?
Enfim, vamos em frente, de cabeça erguida, rumo à série A. Pernambucano só em 2012!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Verdade sobre o campeonato de 1987


Este blog foi criado inicialmente para enviar notícias durante nossa estadia na Espanha, porém, já que ele foi criado, vou tentar utilizá-lo para colocar algumas idéias, começando por este texto que recebi e alterei um pouco, que fala de um tema que estava sendo bastante discutido dias atrás.

Antes de falar do campeonato de 87, vamos lembrar o de 86. O campeonato foi decidido entre São Paulo e Guarani, com o São Paulo sagrando-se campeão. Naquele tempo, o campeonato brasileiro era disputado por muitos times e os clubes dos grandes centros, os maiores em termos de títulos e torcida, resolveram se unir e criar um campeonato exclusivo com eles, os doze maiores do Brasil: São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Grêmio, Internacional, Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense, Botafogo, Cruzeiro e Atlético Mineiro. O Bahia, que era dirigido por um homem com muita força no futebol, o Paulo Maracajá, e sempre atraía grandes públicos para a Fonte Nova, brigou muito, fez pressão e conseguiu sua inclusão, nascendo assim o Clube dos Treze. Eles procuraram a Rede Globo, que gostou da idéia e conseguiram com a Coca-cola o patrocínio do torneio, com a Coca colocando sua marca na camisa de todos os times, nos prismas principais dos estádios e nas transmissões da Rede Globo. A CBF foi contrária pelo fato de que, apesar dos clubes se acharem os maiores do Brasil (e alguns realmente eram), no campo e na bola jogada no ano anterior, muitos ficaram mal classificados; o Vasco, por exemplo, tinha caido pra 2ª divisão, então a CBF fez ver ao Clube dos 13 que qualquer clube que se achasse prejudicado, entraria com ação judicial e ganharia. Então o “Clube dos 13” teve uma "brilhante" idéia: um campeonato com todos os 32 clubes da primeira divisão, divididos em dois módulos com 16 clubes cada. O verde, com os clubes pertencentes a ele, os dois clubes não participantes do “Clube dos 13” melhores classificados no ranking da CBF (Goiás e Coritiba) e o Santa Cruz, que entrou no bolo por causa da pressão política exercida por Marco Maciel e pela amizade pessoal que o presidente do santa cruz tinha com Marcio Braga, presidente do Flamengo e primeiro presidente do “Clube dos 13”; e o módulo amarelo, composto pelos demais clubes que tinha direito adquirido em campo de jogar a Primeira Divisão do futebol Brasileiro. Cada módulo teria sua disputa, jogando todos contra todos em turno e returno. No final, o 1º e o 2º de cada módulo fariam um quadrangular e decidiriam o campeão e o vice do Campeonato Brasileiro. A segunda divisão também seguiu o mesmo critério, divididos em módulos azul e branco(as cores dadas aos módulos foram em homenagem a bandeira do Brasil).
 
Sendo assim, deu-se início ao Campeonato Brasileiro de 1987.
Aí veio a grande SAFADEZA, típica atitude de abuso de poder das elites que acham que tudo podem em nosso país. Quando já estava perto da definição dos representantes de cada módulo, para a disputa final, o “Clube dos 13” convocou uma reunião do Conselho Arbitral e propuseram uma mudança no regulamento, não havendo mais a realização do quadrangular final e que o campeão e o vice do módulo verde seriam decretados, automaticamente, campeão e vice do brasileiro. Em votação, eles obtiveram a maioria dos votos a favor da mudança, porque além de contar da unanimidade dos votos dos membros do módulo verde, alguns capachos do módulo amarelo também votaram a favor, como o Náutico, que objetivou claramente prejudicar o inimigo local, o SPORT, melhor time do Módulo Amarelo. Mas aí veio o grande erro do “Clube dos 13”, que não era comandado por pessoas tão inteligentes quanto os mesmos se achavam. O Regulamento do Conselho arbitral previa que para se aprovar o regulamento de uma competição, logicamente antes do início dela, precisava-se da maioria dos votos a favor, PORÉM, DEPOIS DE INICIADA A COMPETIÇÃO, O REGULAMENTO SÓ PODERIA SER MUDADO POR UNANIMIDADE DOS VOTOS do Conselho Arbitral e não apenas pela maioria dos votos. Esta Norma existia justamente para evitar que os times com maior poder pudessem se unir e usar este poder em favor de si mesmos durante uma competição. Este erro foi decisivo para que o Flamengo perdesse, no futuro, todas as tentativas jurídicas de conseguir o título de campeão brasileiro de 1987. A CBF então fez o justo e o que estava conforme a Lei e não aceitou a falcatrua maquinada pelos mafiosos que na época estavam a frente do “Clube dos 13”, confirmando a realização do quadrangular final. As primeira e segunda rodadas foram marcadas, mas Flamengo e Inter não apareceram e a CBF acabou marcando dois jogos entre SPORT e Guarani, sendo o primeiro em Campinas, com empate de 1X1 e o segundo na ILHA, 1X0 para o SPORT, com gol de Marco Antônio. 

O fato da Globo não ter transmitido os jogos deu-se em virtude do boicote que os clubes integrantes do Módulo Amarelo fizeram à Rede Globo e à Coca-cola, que juntamente com o “Clube dos 13” se achavam donas do futebol brasileiro e só patrocinaram os clubes do Módulo Verde. Homero Lacerda, presidente do SPORT Recife na época, proibiu a entrada de profissionais da Rede Globo na Ilha e fechou a transmissão do jogo pelo SBT, eterna rival da Rede Globo. O mesmo fez o presidente do Guarani, na época.

O Flamengo tentou de todas as formas anular a decisão da CBF e perdeu em todas as instãncias judiciais, no âmbito desportivo e também da Justiça Comum, sendo inclusive ameaçado de punição pela FIFA, que também reconhece o título de 1987 como sendo do Sport.

Algumas mentiras que se repetem até hoje:

” SPORT e Guarani eram da segunda divisão.”

Mentira: Como poderia ser o Guarani da segunda divisão se era o vice campeão de 1986? A segunda divisão foi disputada com os Módulos Azul e branco.

”A CBF mudou o regulamento.”

Mentira: Quem tentou mudar regulamento, após o início da competição, foi a “Corja ou Clube dos 13”, mas não teve êxito, pois isto só seria LEGAL com a UNANIMIDADE dos votos dos membros do Conselho Arbitral, o que não ocorreu.

” O Flamengo recebeu a taça.”

Mentira: A taça foi entregue ao SPORT e está na Ilha do Retiro, na sala de troféus do SPORT, para quem quiser ver.

Por fim, SPORT e Guarani foram homologados campeão e vice-campeão brasileiros de 1987, tendo inclusive representado o Brasil na disputa da Taça Libertadores da América.

Como se pode ver, o SPORT derrotou a todos que se dignaram a enfrenta-lo nos gramados (como o vice-campeão brasileiro do ano anterior: O Guarani) e nos tribunais (os que não tiveram coragem e/ou decência de enfrentá-lo nos gramados, como Flamengo e Internacional).

Esta história marca a luta de um time nordestino que enfrentou sozinho o poder dos maiores times do Brasil, que unidos com a Rede Globo e a multinacional Coca-Cola, acharam que poderiam fazer prevalecer sua vontade sobre o que era justo e dentro da Lei.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Museu Príncipe Felipe

Quando planejamos a programação em Valencia, pensamos em passar o dia na cidade das artes, especialmente no Museu Príncipe Felipe, que é um museu interativo, onde os meninos poderiam fazer experiências e participar das diversas atividades. No entanto, como eles já tinham ido a outros museus interativos em La Coruña e Paris, algumas coisas se tornaram repetitivas, e passamos menos tempo por lá. O museu todo é muito interessante, mas o que fez mais sucesso foi uma exposição sobre super heróis e o teatro da eletricidade.





Há outras atrações na cidade das artes, e a mais famosa além das que fomos é o  Oceanogràfic, o maior  oceanário da Europa, com grandes aquários, shows com golfinhos, etc. Decidimos não ir a esta, e fomos fazer um passeio pela marina, onde ocorre o circuito de fórmula 1, e depois ao centro histórico novamente.

Cidade das Artes e das Ciências

Valencia tem uma peculiaridade interessante. O rio Turia, que cortava a cidade em desenho semelhante ao que o Sena faz em Paris, causou diversas enchentes. A partir da grande enchene de 1957, foi desenvolvido um projeto para desviar suas águas, o que ocorreu nos anos 80. Hoje, a cidade é cortada pelo antigo leito do rio, agora seco, que se transformou em um grande parque, com muitos jardins, quadras esportivas, espaços de lazer, etc. Próximo da antiga foz do rio foi erguida a cidade das Artes e das Ciências, um grande complexo cultural e de entretenimento formado por diversos prédios e atrações, projetado pelos arquitetos Santiago Calatrava e Félix Candela. 
O Palau das Artes Reina Sofia é dedicado à música e artes cênicas. Um grande e suntuoso teatro. 
 
O Hemisferìc, que é uma construção em forma de olho, é um cinema com tela gigante (que ocupa a "íris" do olho). Assistimos a um filme sobre o telescópio Hubble.

Depois do filme, fomos ao Umbracle, que é um imenso jardim sobre o estacionamento, de onde se tem uma visão de quase todo complexo, e que conta com exposição permanente de esculturas. Havia uma área com uma exposição temporária sobre os dinossauros. Apesar da qualidade dos movimentos e sons dos mesmos, só quem gostou foi Biel, mas deu para tirar umas boas fotos.




Valencia

Chegamos em Valencia no início da tarde da sexta feira, em mais um vôo da Ryanair. Fomos de metro (muito bom) até o centro da cidade, de onde pegamos um táxi para o Hotel Medium Valencia, também reservado através do site booking.com. Escolhemos pela localização próxima a Cidade das Artes e das Ciências.
Aproveitamos que o tempo chuvoso melhorou e fomos ao centro, passeamos pela Praça do Ayuntamento (prefeitura), Praça de La Reina, Mercado Colon, Mercado Central, enfim, toda a parte mais antiga.
 







domingo, 23 de janeiro de 2011

Vinhos!

Uma das vantagens de estar em um clima mais frio é poder aproveitar para tomar uns vinhos sem subir o calor como em Recife. Tenho um amigo que toma uma taça no almoço e outra no jantar, mas não sei como ele consegue! Quando cheguei por aqui, me propus a fazer o mesmo, e acompanhar as refeições com um bom vinho nacional. Bom e barato! Não queria comprar vinhos caros, mas estabeleci um limite de quatro euros. As opções abaixo disto são inúmeras, e como não sou exímio conhecedor, e estou longe de ser um enólogo, para mim o que importava era o sabor. Devo dizer que não tive nenhuma grande decepção, nem com alguns mais baratos que comprei (menos de dois euros). Pedi dicas a um amigo que trabalha no ramo, e ele indicou vinhos das regiões da Rioja e Ribeira del Duero, os quais eu realmente gostei. Achei melhores que os de Valdepeñas e Bierzo, porém também apreciei os da região de Navarra.
Boa parte dos vinhos espanhóis são varietais, isto é, feitos de mais de um tipo de uva. Alguns nem colocam no rótulo a composição, mas a maioria tem Tempranillo, Garnacha e Cabernet. Os vinhos Crianza têm um ano de envelhecimento em barris de carvalho e um na garrafa, e os Reserva um em Carvalho e dois na garrafa.
Segue a relação dos vinhos que degustei, separados pela região:

Valdepeñas:
Castillo de Saldepeñas
Señorio de Los Llanos - Tempranillo - Crianza

Rioja:
Campo Viejo - Crianza
Campo Viejo - Tempranillo
Chicoa - Crianza
Ordate - Crianza
Viña Amate - Tempranillo/Garnacha - Crianza 2006
Castillo Albai
Barón de Urzande
Antaño - Crianza 2007
Romeiral - Tinto jovem 2009
Campo Villares - Reserva 2006
San Millán - Tempranillo - Crianza 2005

Ribeira del Duero:
Viña del Val - Tinto jovem 2009
Vega Cubillas  - Tinto jovem
Valpincia
Valpincia - Tempranillo - Crianza 2007
Don Alvaro
Mayor de Castilla Cosecha
Altos de Tamaron - Tempranillo - Reserva 2005
Alteza - Tempranillo - Crianza
Dehesa de La Jara - Tempranillo

Navarra:
Gran Feudo - Tempranillo/Garnacha/Cabernet - Crianza 2006
Alarnes - Crianza 2007
Príncipe de Viana - Tempranillo 2009

Bierzo:
Ensueño - Mencia
Flavium - Mencia - Crianza
Viña Oro - Mencia

Rias Baixas:
Terra Mundi - Albariño (branco)

Espumantes:
Rosado Cava Castellblanch
Cava Portacelli Brut

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Tarta de Santiago

Além dos frutos do mar, uma das comidas mais tradicionais de Santiago é a sua Tarta. Apesar do nome, para nós seria um bolo, pois não tem recheio. Ela é feita sem farinha de trigo, basicamente com amêndoas trituradas, ovos e açúcar. É bem típica, com diversos pontos de venda pela cidade, além dos biscoitos de amêndoas e as Pedras de Santiago (amêndoas com chocolate). Todos são muito gostosos, e o bolo é arrematado com açúcar polvilhado por cima de um molde da cruz de Santiago, deixando um efeito interessante. Segue a foto para deixá-los com água na boca.